Border Collie – História e Saúde
Border collie: conheça a história dessa raça, suas características mais marcantes, as patologias e lesões mais comuns e tratamentos adequados para sua recuperação
Inteligente e agitado, o Border Collie integra o grupo de cães que adoram brincar, sendo um companheiro fiel e leal quando acompanhado em seu ritmo de atividades. Focado, é um pet extremamente concentrado em tudo que faz, carregando um instinto muito forte de caçar outros animais.
Essa características de caça são provenientes de sua descendência de cães da Escócia, mais precisamente dos pequenos vales dos Border, na fronteira com a Inglaterra. Sua história se confunde com o desenvolvimento rural dos pastores que habitavam aquela região, consequentemente de um histórico forte de caça e aventuras.
Ficou mundialmente conhecido após a adoção de um Collie feito pela Rainha Victoria, em Balmoral, tomando sua forma conhecida hoje após o cruzamento desta raça Collie com o Pastor Autóctones, sendo registrado na American Kennel Club apenas em 1995.
É preciso ressaltar que é um cão concentrado, porém, que costuma encarar outros cães e isso pode criar situações de brigas quando não tratados corretamente. Portanto, é um cão que necessita de uma sociabilização correta desde a primeira idade, buscando não só seu equilíbrio comportamental como o estímulo aos seus instintos mais positivos.
Pode ter a cor preta com manchas brancas no rosto, pescoço, patas, pernas e ponta da cauda. Pode ser bicolor, tricolor ou até ter uma cor sólida, exceto o branco. O mais comum são os Collies pretos, brancos e com detalhes castanhos. Costuma necessitar de escovação ou penteado dos pelos de uma a duas vezes por semana.
É uma raça que costuma ter uma expectativa de vida mínima de 12 anos, máxima de 15. Medem, no mínimo, de 45 a 55 cm. Podem pesar entre 13 e 20 km, com uma aparência atlética, robusta e forte.
Border Collie: patologias e lesões que os acometem
1 – Hérnia de disco:
A hérnia de disco, sem dúvidas, é a enfermidade mais comum na coluna dos pets e pode ser dividida em hérnia de disco Hansen tipo I (quando há extrusão do núcleo pulposo com ruptura do anel fibroso), Hansen tipo II (quando ocorre protusão do disco) e Hansen Tipo III (trauma concussivo na medula).
É sempre bom conscientizar os donos de pets que a cirurgia, quando necessária, é somente a parte inicial do tratamento, sendo a fisioterapia veterinária o melhor tratamento para controlar o processo inflamatório, melhorar a dor, ganhar massa muscular e retornar a movimentação normal.
O Border Collie com hérnia de disco costuma apresentar sinais clínicos variados, desde dor até alterações dos reflexos espinhais, do tônus muscular, atrofias ou hipotrofias musculares, ataxias, paralisias e até mesmo paresias, além de alterações na capacidade de micção e defecação.
Esses sinais podem variar conforme a localização e grau de compressão medular. O raio-x, associado ao exame neurológico e clínico, irão sugerir o local da lesão, podendo exames de tomografia e ressonância magnética serem opções ideais para confirmar com mais exatidão o diagnóstico.
Os tratamentos podem ser conservadores ou cirúrgicos. Os tratamentos cirúrgicos utilizam-se de fenestração e técnicas descompressivas. Já os conservadores envolvem medicamentos (anti-inflamatórios e analgésicos) e repouso. Nesses casos, as técnicas complementares se tornam essenciais. A acupuntura veterinária é uma opção, podendo atuar na liberação de endorfina controlando a dor e auxiliando no reestabelecimento das funções neurológicas perdidas.
A fisioterapia também cumpre papel fundamental em todas as fases de tratamento do Border Collie com hérnia de disco. Inicialmente pode auxiliar na analgesia com uso de eletroterapia, com TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea) e FES, além da laserterapia no controle da inflamação.
No caso das funções neurológicas, os estímulos proprioceptivos como a escovação dos membros é indicado desde as primeiras fases. Nesse período, as técnicas de movimentos e exercícios passivos estimulam o retorno precoce de movimentos e previnem as contraturas e atrofias musculares.
Os pets que já não mais apresentem dores e inflamações podem passar para exercícios ativos e ativos assistidos, procurando o reestabelecimento do caminhar, desenvolvimento de coordenação e retorno de massa muscular. Nessas técnicas, podemos utilizar pranchas, caminhadas assistidas (esteira seca ou hidroesteira) e pistas proprioceptivas, sempre estimulando e incentivando a superação de obstáculos e limitações.
A displasia em Border Collie pode ser constatada quando temos a degeneração da articulação da bacia (acetábulo) com a cabeça do fêmur. É uma patologia que vem crescendo cada dia mais no cotidiano dos cães, principalmente por não se tratar mais de apenas uma doença hereditária, mas por se desenvolver por outros fatores como obesidade, alterações posturais, convivência com pisos lisos e outros.
A displasia coxofemoral apresenta sinais bem característicos que passam por: dificuldade em caminhar, andar manco, estalos audíveis na articulação e demonstrações de dores ao realizar movimentos mais complexos.
O não tratamento adequado da doença pode resultar no aparecimento de sintomas mais intensos, obrigando o pet a evitar diversas atividades simples da sua rotina como correr, pular, levantar-se e subir escadas. A dor intensa faz com que o pet apresente um andar incomum e uma desproporcionalidade na musculatura em sua parte dianteira.
A primeira avaliação médica é feita na análise das articulações dos pets, verificando se existem indícios concretos de frouxidão nas articulações dos quadris. Essa primeira análise é fundamental, já que tal frouxidão nas articulações dos quadris, seja em filhotes ou cães adultos, são fortes indicativos de que o animal apresente algum nível de displasia coxofemoral.
No caso de cães idosos, é provável que o profissional veterinário irá analisar fatores como a perda de massa muscular nos músculos da coxa e ampliação dos músculos do ombro, devido à compensação muscular.
De qualquer forma, o principal teste de avaliação é a análise de frouxidão através do exame clínico de ortolani. Após os primeiros exames clínicos, caberá ao profissional decidir se será necessária a confirmação através de uma radiografia coxofemoral.
A displasia canina não possui uma cura definitiva, mas os tratamentos conseguem combater objetivamente a dor e frear o avanço da progressão da doença articular, dois pontos que ajudam, e muito, no resgate da qualidade de vida do cão.
Os programas de reabilitação eficientes visam a manutenção ou restauração das funções naturais da articulação, sempre levando em consideração o contexto de cada paciente em reabilitação, o grau de severidade da patologia, idade e outras severidades clínicas.
A fisioterapia veterinária e os diferentes métodos que englobam a especialidade como a hidroterapia com esteira aquática, laserterapia, acupuntura e outros, fornecem o ambiente perfeito para os programas de fortalecimento muscular, combate de dores e incômodos e no controle da evolução da artrose (muito associada ao aparecimento da displasia coxofemoral).
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