Síndrome do Cão Nadador
Síndrome do cão nadador: conheça um pouco mais dessa anormalidade que acomete os cães. Conheça os tratamentos e soluções viáveis para a síndrome do cão nadador
A síndrome do cão nadador, também chamada de síndrome do cachorro nadador ou cachorro plano, trata-se de uma anormalidade de desenvolvimento de filhotes, que se caracteriza pela dificuldade de deambulação (andar). A etiologia desta patologia ainda não foi elucidada. No entanto, tem sido atribuída a fatores genéticos e ambientais/nutricionais, como pisos lisos ou excesso de proteína na alimentação da mãe.
A síndrome do cão nadador é comumente mais observada em cães de raças condrodistróficas de patas curtas, como os das raças bulldog francês e inglês, pequinês e basset hound; todavia também existem relatos desta síndrome em animais de outras raças e em cães sem raça definida (SRD).
Saiba como são as manifestações clinicas da síndrome do cão nadador
As manifestações clínicas podem ser observadas dentro de duas a três semanas após o nascimento, período no qual já deveria haver locomoção quadrupedal. Observa-se uma hiperextensão das articulações dos joelhos e do jarrete, além de articulação coxofemoral hiperfletida bilateral.
Devido à ausência de habilidade para ficar em estação, os animais aparentam estar fracos e debilitados. Além disso, em consequência da ausência de suporte do esqueleto apendicular, ocorre uma compressão dorsoventral do tórax, abdômen e pelve, o que leva ao movimento similar a natação.
Como é o tratamento para animais que sofrem da síndrome do cão nadador?
O tratamento varia de acordo com as alterações exibidas pelo animal. Normalmente o tratamento para síndrome do cão nadador é conservativo, com o uso de uma bandagem de esparadrapos, visando manter os membros em posição anatômica, o que confere mais estabilidade à deambulação.
A realização de fisioterapia veterinária é de extrema importância, devendo ser feita de 4 a 5 vezes ao dia, por no mínimo 10 minutos em casa e duas vezes por semana no Centro de Reabilitação. O piso do local onde o animal vive deve ser antiderrapante, preferencialmente macio para prevenir um achatamento mais intenso do esterno. Outro ponto importante é o controle de peso do animal, para se evitar prejudicar e sobrecarregar ainda mais os membros posteriores.
Quando tratados, cerca de 90% dos filhotes com síndrome do cão nadador se recuperam sem sequelas. Em uma porcentagem menor (10%), o animal também pode se recuperar espontaneamente, porém de forma tardia. No entanto, quando os quatro membros são acometidos, a porcentagem de recuperação diminui consideravelmente. Na presença de complicações respiratórias, o prognóstico é menos favorável.