Pinscher – Conheça sua História e Cuidados com a Saúde

Pinscher – Conheça sua História e Cuidados com a Saúde

Pinscher: saiba mais da personalidade e características marcantes da raça, as patologias e lesões mais comuns e os tratamentos mais eficientes para sua recuperação

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O Pinscher é um cão de pequeno porte muito comum no Brasil e também muito confundido com o Chihuahua, apesar de sua personalidade e origem diferentes. Apesar de pequeno, é um cão que não faz questão nenhuma dessa realidade. Possui uma natureza destemida, sem medo de nada e ninguém. É enérgico, confiante e curioso. Também é considerado um cachorro muito amoroso, afetuoso e leal. Apesar de muito pequeno, é um cão repleto de energia e ativo.

Existem ainda poucas pistas sobre a origem histórica do Pinscher, porém, existem pinturas de animais muito parecidos com ele em pinturas do século 17. Acredita-se que a raça é oriunda do cruzamento entre um pequeno terrier de pelo curto (Pinscher Alemão) com Dachshund e Greyhound Italiano.

A verdade é que os traços de personalidade dessas três raças podem ser vistos com facilidade no Pinscher, como: forte estrutura óssea, mau humor, coloração preto e castanha, coragem, elegância, jovialidade e movimentação ágil.

O mini Pinscher se tornou um dos mais competitivos e populares cães de exposição da Alemanha na pré-Primeira Guerra Mundial, mas caiu em aceitação e popularidade após o final da guerra. Seu futuro, então, ficou nas mãos de seus descendentes exportados antes da guerra. Sua grande popularidade, portanto, se deu na América, onde recebeu o reconhecimento da AKC em 1929, sendo apelidado de “rei dos toys”, acumulando admiradores por todo o mundo.

É um cão de porte pequeno, tendo como principal função essencial à caça de pequenos parasitas. Chega em média entre 25-31 cm e 3-5 kg (machos) e entre 25-31 cm e 3-5 kg (fêmea).

Quais as patologias e lesões que acometem o Pinscher?

1 – Luxação de patela:

É caracterizada quando há o desencaixe das articulações do joelho também denominado de rótulo, responsável pelo alinhamento com o músculo do quadríceps. É uma lesão que causa muita dor e grande perda de mobilidade ao animal.

Pode ser congênita ou desenvolvida em função de algum trauma. Em função desse problema (que pode se manifestar em diferentes níveis de gravidade), podem também se desenvolver outros tipos de complicações ortopédicas, como a artrose.

Como a mecânica da região patelar altera todo funcionamento do membro do cão, é possível considerar que, em função desse tipo de luxação podem se desencadear outros problemas como a displasia coxofemoral ou até a luxação coxofemoral, fazendo com que o animal nem mesmo consiga apoiar suas patas no chão.

Pode ser dividida em diferentes graus:

  • Grau I: a patela sai do local com ajuda da manipulação do veterinário especialista e, quando solta, volta ao seu lugar de origem de forma instantânea.
  • Grau II: patela já sai sozinha de sua posição normal, retornando ao local correto sem a necessidade de ajuda. Nesses casos podemos tratar com fisioterapia ou cirurgia.
  • Grau III: já é recomendada a cirurgia,, a patela sai sozinha do local e só volta com ajuda de manipulação de um especialista.
  • Grau IV: a patela do pet fica travada no lado de fora do sulco patelar, e nem mesmo a manipulação ou ação do pet são capazes de recolocá-la em sua posição correta de origem. O procedimento cirúrgico é a única alternativa viável para amenizar a situação e, nesse grau, mesmo com a cirurgia há grande dificuldade de reabilitação do membro à sua função normal.

Em qualquer caso, a fisioterapia veterinária através das diferentes técnicas e métodos garantem aos cães uma recuperação mais completa, desde o emagrecimento até o fortalecimento muscular, articular, de mobilidade e confiança. Os métodos que passam desde hidroterapia veterinária (uso de esteiras aquáticas para a diminuição de impacto e melhor adaptação na recuperação de movimentos), até a acupuntura (controle de dor e melhora de recuperação muscular).

2 – Ruptura de ligamento cruzado:

A ruptura de ligamento provoca o deslizamento do fêmur sobre a tíbia, causando dor imediata. É uma doença crônica, ou seja, que progressivamente deteriora o ligamento ao ponto que, ao esforço de uma corrida ou pulo, se rompa causando dor e claudicação.

Os traumas são responsáveis por muitas ocorrências de rompimento de ligamento cruzado em cães, tendo como consequência, em sua grande maioria, uma fratura do menisco. Ambientes com longas superfícies lisas também aumentam as chances dos animais apresentarem problemas de ruptura, já que não possuem a aderência suficiente para que o cão realize seus movimentos de maneira natural, sem forçar a sua estrutura muscular.

Outra possibilidade também está na evolução de uma lesão já existente nos membros do animal, como a luxação de patela. Isso fará com que o pet coloque mais força sobre um membro não prejudicado, sobrecarregando o setor, fazendo com que a ruptura de ligamento seja uma possibilidade real em uma situação que necessite utilizar a musculatura de forma mais brusca.

A primeira medida após a constatação da lesão é o procedimento cirúrgico. Atualmente, técnicas cirúrgicas de osteotomias corretivas, como a TPLO e TTA que corrigem as deformidades ósseas desses pacientes e apresentam excelentes resultados. A fisioterapia veterinária é essencial e a opção mais indicada após 5 dias da cirurgia e que mais traz resultados positivos na recuperação da qualidade de vida do animal.

3 – Hérnia de disco:

Em grande parte causada por traumas e lesões na medula espinhal, a hérnia de disco em Pinscher costuma apresentar sintomas típicos como andar de cabeça baixa, pescoço rígido, orelhas para trás e caminhar cauteloso, demonstrando claro sinal de dor e sofrimento.

A medula espinhal é uma estrutura extremamente delicada, sendo protegida por vértebras ósseas, tendo entre cada par de vértebras, discos intervertebrais (uma proteção de contorno fibroso e interior gelatinoso) que evitam o constante atrito entre elas, promovendo a estabilidade e flexibilidade necessárias que o cão movimente a espinha sem problemas.

Quando os discos vertebrais deixam de agir corretamente, surge a hérnia de disco. Ela pode ocorrer, em grande maioria, em função do envelhecimento do animal ou de algum trauma.

Apesar de a indicação em casos mais intensos e complicados que envolvam paralisias e compressão medular seja a cirurgia, tratamentos clínicos e tradicionais realizados após o aparecimento dos sinais, livres de cirurgia, também estão trazendo resultados positivos na recuperação dos pets. Métodos como laserterapia, acupuntura, hidroterapia com esteira aquática e outros, apresentam soluções eficientes para controle da progressão da doença, da dor, inflamação e ótima ferramenta para fortalecimento muscular e aumento da mobilidade e qualidade de vida do animal.

4 – Subluxação Atlanto Axial:

A subluxação atlanto axial, também conhecida como instabilidade atlantoaxial, é uma doença cuja causa principal geralmente é congênita. Ocorre principalmente em cães jovens de raças pequenas como o Pinscher. Pode ocorre por vários processos patológicos, desde agenesia ou hipoplasia do processo odontóide, fraturas, deficiência de ligamentos e outros.

Os sinais clínicos variam desde dor cervical à tetraplegia. Ocasionalmente, é possível encontrar sinais associados à lesão no tronco encefálico caudal como hipoventilação e síndrome vestibular.

O diagnóstico é feito pela avaliação dos sinais neurológicos, que permite localizar a lesão no segmento cervical da medula espinhal, associados com técnicas de imagem da coluna vertebral cervical, principalmente radiografias, tomografias e ressonâncias.

O tratamento cirúrgico visa a permanente redução e estabilização da articulação com eliminação da compressão e prevenção do movimento cervical. O tratamento clínico, por sua vez, utiliza-se da restrição de movimentos em gaiola, aplicação de colete cervical, uso de anti-inflamatórios e fisioterapia para fortalecimento e reabilitação saudável.

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