Hemivértebras e Problemas de Coluna em Bulldogs e Pugs

Hemivértebras e Problemas de Coluna em Bulldogs e Pugs

O Bulldog Francês e o Pug são, sem dúvidas, os mais típicos cães que adoram um sofá, família e muito carinho. Tratam-se de cães joviais e muito amáveis, apesar de teimosos. A característica forte, de fibra e “truncada”, além da genética, podem, por vezes, ampliar as chances do aparecimento de hemivértebras e problemas de coluna em Bulldogs e Pugs, e é disso que falaremos neste artigo.

Abaixo você vai entender as causas, principais sintomas, formas de diagnóstico e tratamento para hemivértebras e problemas de coluna em Bulldogs e Pugs .

Hemivértebra em Bulldogs e Pugs

A hemivértebra canina são anomalias congênitas encontradas com maior frequência em cães braquicefálicos com cauda helicoidal como são os Bulldogs e Pugs.

É uma doença que comumente ocorre na região da coluna tóraco-lombar, causando sintomas de lesão de neurônio motor superior em membros pélvicos. Em outras palavras, é uma falha na formação da vértebra durante o desenvolvimento do pet.

Ela já representa pouco mais de 7% das alterações de coluna relatadas em literatura, sendo uma doença com sintomas que podem transparecer desde o início da vida desses pets, quando ainda filhotes, como em progressão durante seu crescimento.
Mas estudos recenetes mostraram que mais de 90% de Bulldogs franceses e de mais de 70% de Bulldogs Ingleses e Pugs tinham hemivertebra!

Quais as causas da hemivértebra em cães?

A hemivértebra em cães pode ser causada por quatro principais causas:

1 – Aplasia ventral e unilateral;
2 – Aplasia ventral;
3 – Aplasia ventral e medial;
4 – Hipoplasia ventral.

As aplasias ventral e unilateral costumam ser as mais instáveis e tendem a destruir dorsalmente, causando compressão ventral da medula espinhal. As anomalias ventrais causam cifose (desvio da coluna vertebral, habitualmente localizado na região torácica que abrange poucas ou muitas vértebras), ao passo que as anomalias unilaterais causam escoliose (curvatura lateral da coluna vertebral, que pode ser única ou múltipla e fixa ou móvel).

Os cães podem apresentar uma única hemivértebra ou múltiplas, que podem ser sequenciais ou distribuídas pela coluna vertebral. Normalmente a hemivértebra única representa um pouco mais que metade dos casos relatados.

Quais os sinais clínicos mais claros da hemivértebra em cães?

O aparecimento de sinais clínicos são raros, mas quando ocorrem podem ser de gravidade intensa, por isso é fundamental ficar atento ao comportamento e saúde do seu pet.

Devido à compressão medular, normalmente os cães afetados apresentam sinais desde filhotes, que progridem ao longo do tempo. Porém, os sinais também podem surgir durante o crescimento do animal, principalmente devido a instabilidade entre a hemivértebra e a vértebra adjacente, causando compressão progressiva e crônica, ou após algum trauma agudo ou trações da coluna.

Os sinais clínicos mais claros, principalmente pelo fato das vértebras incluídas em região T3-L3 serem mais comumente acometidas, são aqueles típicos de lesão de neurônio motor superior em membros pélvicos, tais como:

  • Perda de propriocepção;
  • Incoordenação e reações posturais retardadas;
  • Paralisia dos membros posteriores;
  • Incontinência urinária e fecal.

Como é o diagnóstico de hemivértebra em cães?

O diagnóstico da hemivértebra em cães deve ser realizado através da anamnese (análise do histórico de saúde do pet), exame físico e exames de imagem. Além disso, o teste de panículo e a palpação da coluna vertebral auxiliam na localização da lesão.

Qual o tratamento para hemivértebra em cães?

O tratamento pode ser conservativo (nos casos de não progressividade da doença), que geralmente se estabiliza com o término do crescimento do esqueleto, ou cirúrgico (em casos de sintomas progressivos).
O objetivo do tratamento cirúrgico deve ser a estabilização da coluna vertebral, com ou sem descompressão medular e não a correção da angulação da coluna vertebral. Quando ocorre a descompressão convencional sem estabilização vertebral pode desestabilizar a hemivértebra, causando uma subluxação vertebral.

Os tratamentos conservativos e os de recuperação pós-operatória passam pelas técnicas de fisioterapia veterinária. Seja na utilização de agentes físicos como massagens, acupuntura e laserterapia para combate da dor e inflamação, como na utilização de esteiras aquáticas na hidroterapia veterinária, a fisioterapia veterinária é essencial para o fortalecimento muscular, recuperação de mobilidade e confiança do pet, impedindo de forma gradual e saudável a progressividade da doença.

Outros problemas de coluna e ortopédicos em Bulldogs e Pugs

Não é incomum que clínicas de reabilitação recebam inúmeros telefonemas de tutores procurando por profissionais especializados em raças como Bulldogs e Pugs. O fato é que o número de atendimento dessa raça é grande, principalmente pela sua fragilidade quando se fala em problemas de coluna.

Para além da hemivértebra, já descrita acima, esse tipo de raça também pode desenvolver outros problemas de coluna e articulações, tais como:

1 – Displasia Coxofemoral: caracterizada pela má formação da articulação coxofemoral, é uma patologia que pode ser, na maioria dos casos, hereditária como também adquirida por fatores externos como obesidade, ambientes de pisos lisos e outros.

2 – Hérnia de Disco: caracterizada pela degeneração crônica dos discos da coluna vertebral, essa patologia costuma aparecer em cães entre os 3 e 7 anos de idade. Pode ser causada pelo desgaste natural da estrutura vertebral como também relacionada a outros traumas.

A degeneração da hérnia de disco exerce pressão entre as vértebras, provocando dores na medula espinhal, fazendo com que o cão tenha dor e, consequentemente, dificuldades de andar e realizar movimentos corriqueiros do dia a dia.

Qual o tratamento ideal para problemas de coluna em Bulldogs e Pugs?

As duas complicações acima são passíveis de intervenção cirúrgica, sempre dependendo do grau de severidade da displasia ou hérnia, podendo também utilizar-se de tratamentos medicamentosos para combate aos ciclos de dor.

De qualquer modo, seja o tratamento conservativo ou pós-operatório, a fisioterapia veterinária é fundamental no processo de recuperação dos pets.

As diferentes técnicas utilizam-se de agentes físicos como laserterapia, eletroterapia, acupuntura e ozonioterapia, ajudando no combate dos incômodos e dores persistentes, enquanto as atividades físicas controladas, como as esteiras aquáticas na hidroterapia veterinária, ajudam no recondicionamento físico muscular, na recuperação da confiança, mobilidade e flexibilidade, sem que o pet esteja sujeito a novas lesões.

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