Golden Retriever – História e Saúde

Golden Retriever – História e Saúde

Golden retriever: conheça a história desse incrível cão, as patologias e lesões que mais os acometem, e os tratamentos mais eficientes para manutenção de sua saúde

Amáveis, esse é o termo que exemplifica com maior exatidão os cães da raça Golden Retriever. Sua história tem origem por volta dos anos de 1800 na região do Rio Tweed na Escócia. Em busca de um cão que soubesse atravessar a vegetação densa e águas frias, o Lord Tweedmouth, responsável pela criação da raça, cruzou o cão Nous (retriever de pelo ondulado e amarelo) com Belle (cadela Tweed Water Spaniel, também de pelo amarelo e crespo) em busca dessa eficiência física.

Conhecidos por sua natureza dedicada e protetora com a família, o Golden Retriever apenas foi reconhecido como raça em 1900 pela American Kennel Club (clube responsável pelos registros genealógicos de cachorros nos Estados Unidos). Por serem naturalmente agitados, são cães que necessitam de exercícios físicos e mentais diariamente. Com isso, sua presteza se fez de muita valia por também ser uma raça de fácil adestramento e por gostar muito de aprender!

São, por natureza, musculosos e donos de membros fortes. Possuem orelhas caídas que chegam na altura dos olhos. O pelo pode ser ondulado ou liso com tons variados de amarelo, com pelagem de comprimento médio. A expectativa de vida é de 10 a 13 anos, porém, com bons cuidados e carinho podem viver por mais tempo.

Golden Retriever: principais afecções e formas de tratamento

1 – Displasia coxofemoral:

Um dos pontos mais fracos de saúde é a alta ocorrência da displasia coxofemoral em Golden Retriever. Uma das principais causas é o porte e o peso da raça, sendo que fatores ambientais e externos, como piso escorregadio, também influenciam no aparecimento dessa disfunção.

A displasia coxofemoral é caracterizada pela incongruência e degeneração da articulação da bacia (acetábulo) com a cabeça do fêmur. É uma doença considerada hereditária, mas também desenvolvida por fatores externos como falado acima. Costuma provocar dores na região do quadril, artrose, manqueira (claudicacao), atrofia muscular e, dependendo do grau de severidade, provocar sérias dificuldades de locomoção.

Os sintomas mais comuns passam por estalos audíveis na articulação, andar manco, dificuldade em caminhar e sinais de dor ao realizar movimentos mais complexos. Quando não tratada, a patologia pode desenvolver sintomas mais graves e intensos, inclusive obrigando o pet a evitar diversas atividades comuns como levantar-se, subir escadas, pular e outros, apresentando um andar incomum e uma desproporcionalidade na musculatura em sua parte dianteira. O diagnóstico é feito através de exames radiográficos com sedação e em diferentes métodos de raio-x.

É importante ressaltar que o tratamento para displasia em Golden Retriever tem como objetivo a redução da dor, progressivamente diminuindo a doença articular. Para isso, diversas técnicas como hidroterapia com esteira aquática, natação, caminhadas controladas, acupuntura, ozonioterapia e quiropraxia são ótimas opções empregadas nos programas de recuperação de cães com displasia.

Os diferentes exercícios e métodos de reabilitação buscam o retorno das funções articulares e aumento da força muscular dos membros pélvicos com atividades de baixo impacto que evitam mais estresse ao animal. Confira um exemplo de tratamento abaixo:

2 – Displasia de cotovelo:Trata-se de um conjunto de quatro patologias indutoras de uma má formação da articulação do cotovelo. As afecções denominadas de não-união do processo ancôneo, osteocondrite dissecante do côndilo umeral medial, fragmentação do processo coronoide medial da ulna e a incongruência do cotovelo são agrupadas e resumidas como a displasia do cotovelo.

O diagnóstico deve ser precoce para que a correção cirúrgica seja a mais eficiente possível, principalmente antes do aparecimento da degeneração osteoarticular secundária e do crescimento completo do pet. Para isso, a tomografia computadorizada ainda é considerada o melhor método de diagnóstico atualmente.

O procedimento cirúrgico mais utilizado é a osteotomia proximal e oblíqua da ulna com aplicação de pino intramedular para estabilização da porção próxima da ulna. Essa técnica vem apresentando bons resultados quanto à presença de dor e retorno da função do membro acometido.

É importante frisar que, tanto no pós-operatório como em diagnósticos após os 4 anos de idade, as técnicas de fisioterapia veterinária são indicadas e produzem resultados fantásticos quanto a estabilização dos sintomas clínicos e controle da progressão da osteoartrose.

3 – Hérnia de disco:

Ocorre quando há uma degeneração dos discos intervertebrais, sendo que quase 85% dos casos se localizam na região tóraco-lombar. Pode ser dividida em Hansen Tipo I (quando há a extrusão do núcleo pulposo com ruptura do anel fibroso), Hansen Tipo II (quando ocorre a protusão do disco) e Hansen Tipo III (quando há trauma concussivo na medula).

O diagnóstico se dá através de exames clínicos, neurológicos, radiografia e exames modernos como a tomografia computadorizada e ressonância magnética. O intuito é identificar a doença, o local exato da hérnia e o grau de lesão do local atingido para o planejamento mais eficaz de recuperação.

A fisioterapia cumpre papel fundamental na reabilitação do Golden Retriever com hérnia de disco, seja como tratamento base ou pós-operatório, trabalhando o controle do processo inflamatório, melhorando a dor, auxiliando no ganho de massa muscular e na recuperação da mobilidade natural. Dentre as técnicas mais utilizadas estão a eletroterapia, laserterapia, hidroterapia com exercícios em esteira aquática e natação e a acupuntura veterinária.

4 – Ruptura de ligamento cruzado:

Ocorre quando há o deslizamento do fêmur sobre a tíbia, podendo inclusive ocasionar novas complicações como lesões de menisco. Na maioria dos casos é crônica, apesar de poderem ser provocadas após arrancadas bruscas.

A ruptura costuma ocorrer quando um cão utiliza sua força muscular para uma disparada em corrida e seus joelhos frágeis não aguentam o peso e força produzidas pelo movimento, causando a complicação.

As causas mais comuns passam pela convivência em locais com superfícies longas e lisas que não fornecem a aderência necessária para os movimentos naturais do pet, traumas ou a evolução de uma lesão já existente nos membros, como a luxação patelar.

A primeira medida após a constatação da lesão é o encaminhamento para o procedimento cirúrgico. Atualmente as técnicas cirúrgicas de osteotomias corretivas são as mais indicadas. Dentre as mais eficientes estão a TPLO e TTA.

A fisioterapia também é altamente indicada para recuperação pós-cirúrgica, pois são importantes na plena recuperação das funções articulares e musculares do pet. Dentre as mais utilizadas estão a hidroterapia com esteira aquática, acupuntura e quiropraxia.

5 – Cauda equina:

A síndrome de cauda equina é uma doença caracterizada por uma compressão das vértebras na parte final da coluna (próxima ao rabo) causada por um estenose congênita ou adquirida do canal vertebral lombossacro.

As causas podem ser relacionadas a traumas como fraturas e luxações (quando a articulação é deslocada de sua posição normal), ou extrusão discal (hérnia de disco).

Os sintomas da cauda equina podem variar desde os mais leves, como fraqueza muscular (caracterizada pela dificuldade de se levantar ou subir escadas) até os mais complexos (paresias graves acompanhada por grande perda de massa muscular e incontinência urinária).

O diagnóstico é feito através de um exame clínico completo de um veterinário ortopedista ou neurologista, por exames de raio-x (normal e mielografia) e ressonância magnética.

A doença pode ser tratada através de forma conservativa ou cirúrgica (em casos mais graves). A cirurgia consiste na correção da estenose do canal vertebral com o intuito de aliviar a compressão sobre as raízes nervosas. Porém, grande parte dos animais que apresentam a doença e passam por cirurgia já estão em um grau elevado de perda de massa muscular e dor local (na região lombossacra).

O uso da fisioterapia veterinária é fundamental para a completa recuperação desses pacientes, pois é uma ferramenta qualificada para controle da dor e inflamação, promovendo (através de diferentes métodos como hidroterapia, acupuntura e outras) o ganho de massa muscular gradual e saudável.

Conte sempre com profissionais especializados para recuperar o seu amigo

O Golden Retriever é uma jóia rara das raças caninas, talvez uma das raças mais amigáveis e confiáveis dos cães. Entretanto, é importante que cuidemos de sua saúde e saibamos quais as patologias e lesões que mais os acometem.

A Rede Pet Fisio é especialista no diagnóstico e tratamento de diversas patologias e lesões que acometem a raça Golden Retriever, oferecendo em suas mais de 20 unidades um ambiente perfeito de recuperação gradual e saudável. Precisa de ajuda? Encontre a unidade Pet Fisio mais próxima de você e marque uma consulta agora mesmo.