Cachorro com Dificuldade em Andar nas Patas Traseiras

Cachorro com Dificuldade em Andar nas Patas Traseiras

O cachorro com dificuldade em andar nas patas traseiras pode ter o problema originado de diferentes causas, desde debilidade da própria velhice, até problemas musculares ou patologias mais graves. Por isso, é fundamental que um tratamento precoce e adequado seja instituído para que sua qualidade de vida seja resgatada.

Neste artigo, a Rede Pet Fisio separou algumas informações fundamentais para entendermos as principais causas do cachorro com dificuldade em andar nas patas traseiras, formas de diagnóstico, sintomas comuns e os tratamentos efetivos para protegê-lo de maneira eficiente.

Principais causas de cães com dificuldade em andar nas patas traseiras

Cães com membros tremendo, sem força ou até paralisados podem estar sofrendo de patologias ou lesões musculares, neurológicas, neuromusculares, musculoesqueléticas ou sintomáticas. Por isso, é fundamental analisar os diferentes fatores e contar com ajuda profissional para ter o melhor diagnóstico e instituir o tratamento mais adequado para o caso.

Cães idosos, por exemplo, costumam sofrer mais com hérnias, artrose e tumores, enquanto os mais jovens podem ter algum tipo de patologia congênita. De qualquer forma, é possível listar algumas das causas mais comuns de cães com dificuldade em andar nas patas traseiras:

1 – Dor: seja na zona afetada ou em outro local, a dor pode ser muito incômoda e fazer com que o cão não queira mais se movimentar, ou fazê-lo movimentar-se mais lentamente, podendo chegar a provocar tremedeira nas patas. Embora seja uma causa comum, é importante investigar a origem dessa dor, pois trata-se de um sintoma comum em diferentes patologias e lesões que necessitam de tratamento.

2 – Traumatismos: quedas, atropelamentos ou mordida de outro animal podem resultar em dor nas patas traseiras, podendo também levar a graves sintomas musculoesqueléticos e/ou neurológicos. Dependendo da gravidade e extensão da lesão, o pet pode ser afetado mais gravemente em estruturas como músculos, nervos e porções da coluna cervical.

3 – Doenças ortopédicas: problemas como displasia coxofemoral, de cotovelo, ruptura de ligamento do joelho, osteoartrite ou osteoartrose estão muitas vezes associadas a claudicação, relutância a caminhar e muito desconforto nas patas traseiras.

4 – Hérnia de disco: é caracterizada pela degeneração dos discos intervertebrais, sendo que mais de 80% dos casos se localizam na região tóraco-lombar e afetam a mobilidade do cão. Pode ser dividida em Hansen tipo I (quando há extrusão do núcleo pulposo com ruptura do anel fibroso), Hansen tipo II (quando ocorre protusão do disco), tipo III (quando há trauma concussivo na medula) e tipo IV.

É uma patologia de difícil detecção pela variedade de sintomas que podem, muitas vezes, serem confundidos com diferentes complicações. Entretanto, alguns sintomas clássicos podem ajudar a identificar o problema em um primeiro momento:

Grau 1:

No princípio dos ciclos de dores é possível notar que o pet opta por abaixar sua cabeça e curvar as costas para tentar aliviar a dor, podendo até manifestar sua insatisfação através de uivos e latidos, dependendo da personalidade;

Grau 2 e 3:

É possível notar sua perda gradual de equilíbrio, o que impede que se mova corretamente. Sua postura e mobilidade irão parecer mais estranhas do que a usual. Em casos mais críticos, o animal costuma sofrer com incontinência urinária e fecal.

Grau 4 e 5:

Sua sensibilidade também é afetada, principalmente em suas extremidades. Em casos mais agudos, é possível detectar paralisias quando o pet começa a nitidamente se arrastar para se mover de um ponto a outro.

5 – Doenças metabólicas: certos desequilíbrios metabólicos podem resultar em tremor e fraqueza muscular, consequentemente afetando as patas traseiras dos cães. As mais comuns passam por desequilíbrios na glicemia e ácido-base, mas existem casos comuns de hipocalcemia (diminuição dos níveis de cálcio no sangue), hipercalcemia (aumento do cálcio), hiponatremia (diminuição de sódio) e hipernatremia (aumento do sódio).

A hipoglicemia (diminuição da glicose no sangue) é uma condição grave que causa fraqueza generalizada, tremores, convulsões e pode levar a morte do cão. Outras condições metabólicas, como o hipoadrenocorticismo ou até a síndrome de cushing, também podem resultar em fraqueza muscular e tremores dos membros.

6 – Doenças neuromusculares: a mais comum passa pela mielopatia degenerativa, muito comum em raças como Pastor Alemão e outros cães de grande porte. Se caracteriza por sintomas como fraqueza generalizada e intolerância a exercícios, que pode ser esporádica ou persistente, marcha rígida, ataxia das patas traseiras e paresia leve.

Durante o exame físico, o animal pode apresentar atrofia ou até hipertrofia muscular associado ou não a tremores e/ou fasciculações. Outro caso neuromuscular, mais raro, é a miastenia gravis, que também pode afetar as patas traseiras caninas.

7 – Efeito de medicamentos ou sedação/anestesia: muitos pets ficam desorientados e fracos após procedimentos que envolvem sedação ou anestesia. A situação geralmente é passageira e em poucos horas o pet recupera-se. Caso observe sintomas como vômitos, diarreia e pupilas muito dilatadas, informe imediatamente o seu médico veterinário.

A administração de alguns tipos de fármacos, como corticosteróides, também podem resultar em fraqueza e atrofia muscular, levando a tremores musculares ou dos membros.

8 – Intoxicações: alguns químicos, plantas e alimentos são tóxicos para o cão e podem resultar em fraqueza e tremores musculares. O chocolate, cafeína e anfetaminas são exemplos de produtos gravemente tóxicos para cachorros e gatos.

9 – Doença do carrapato: os conhecidos hemoparasitas transmitidos pela picada do carrapato, causam doenças como a erliquiose e babesiose, causando grave anemia e outros sintomas graves como a fraqueza muscular.

10 – Infecções bacterianas e virais: Meningite, raiva e cinomose são doenças muito perigosas que podem ter repercussões em nível mental, comportamental e de mobilidade do animal, podendo causar paralisia das patas traseiras. Estas doenças virais podem ser evitadas com o correto cumprimento do plano vacinal do pet.

Sinais associados de cães com problemas nas patas traseiras

Como vimos acima, é comum associarmos a fraqueza muscular com as patas traseiras fracas e tremendo. A fraqueza muscular, por sua vez, pode ser um sintoma comum de diferentes patologias e lesões. Além disso, é possível notar outros sintomas associados como:

  • Apatia;
  • Relutância para se levantar ou subir degraus;
  • Tendência a cruzar pernas ao caminhar;
  • Tendência para arrastar algum membro;
  • Ataxia (descoordenação motora);
  • Paresia (perda parcial ou diminuição da função motora voluntária, causando limitações de movimentos);
  • Plegias ou paralisia: ausência ou perda completa da função motora voluntária.

Recuperação de cachorros com dificuldade em andar nas patas traseiras

Em primeiro lugar e mais importante, é preciso verificar como tudo começou. Por isso, lembre-se de sempre informar seu veterinário se houve uma alteração aguda (um aparecimento súbito e intenso) ou crônico (desenvolvimento lento e progressivo), pois pode ser de grande valia para direcionar as ferramentas de diagnóstico.

O profissional veterinário irá analisar e pedir o histórico de saúde completo do pet, avaliando os sintomas e quando esses apareceram, excluindo possibilidades de doenças hereditárias, realizando exames de reflexo, verificando dores nas pernas, coluna e outros sinais significativos para um diagnóstico preciso.

Essas avaliações, em união com o perfil bioquímico do animal, testes de urina, hemograma e exames de imagem como a ressonância magnética, serão as ferramentas para determinar a causa do problema e o direcionamento eficaz de tratamento.

Como é feito o tratamento

O tratamento irá depender do que está afetando a mobilidade do pet e do grau de severidade do problema. Se a debilidade é ocasionada por uma hérnia de disco, por exemplo, primeiro irá se tentar estabilizar a progressão para depois estipular uma terapia adequada. Em muitos casos, sejam eles de hérnia de disco, luxação de patela, displasia ou outros, se indica um tratamento multifocal, ou seja, que trabalhe com medicamentos anti-inflamatórios, terapias conservativas e, quando necessário, intervenção cirúrgica. Quando tratada a causa principal, temos uma gama de opções que podem ajudar no resgate da qualidade de vida do cão.

Meu cachorro pode voltar a andar normalmente?

A resposta irá depender das causas que levou o cachorro com dificuldade em andar nas patas traseiras, como também o estágio da doença ou lesão. Doenças e lesões precocemente diagnosticadas possuem grandes chances de recuperação plena, seja através de cirurgia, medicação contra a dor, como também na figura dos tratamentos auxiliares que ganham cada vez mais destaque na reabilitação animal.

A importância da fisioterapia veterinária

As diferentes técnicas de fisioterapia veterinária tem criado o ambiente perfeito para uma recuperação gradual e saudável. Seja como tratamento central, pós-operatório ou de prevenção e desaceleramento de doenças degenerativas, as diferentes técnicas combatem de forma efetiva as paralisias, dores e incômodos, traçando um programa ideal de recuperação.

Os métodos como a hidroterapia, utilização de esteiras aquáticas para a recuperação de movimentos e fortalecimento muscular dos pets, acupuntura, laserterapia ou magnetoterapia, agentes físicos eficazes no combate de dores e inflamações, são ótimos terapias complementares capazes de criar um ambiente positivo para a recuperação do animal.

Conte sempre com profissionais capacitados

A Rede Pet Fisio investe forte na capacitação de seus profissionais e na aquisição de equipamentos modernos que ofereçam as melhores chances para que seu pet se reabilite com eficiência.

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