Bulldog – História e Saúde

Bulldog – História e Saúde

Bulldog: conheça a incrível história por trás dessa raça canina ímpar, quais as patologias e lesões que mais os acometem e as terapias de recuperação mais eficientes

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O Bulldog é o típico cão que adora um sofá e ficar perto da família. São fortes, baixinhos e muito dóceis, com um temperamento calmo e, por vezes, atrapalhado. Apesar da aparência um pouco espalhafatosa, o Bulldog é um cão jovial, cômico e muito amável. Adora agradar, apesar da teimosia! É um cão que se dá muito bem com outros animais domésticos, mas que pode ser um pouco encrenqueiro com outros cães. É teimoso e tem dificuldade em aprender comandos, por isso vai exigir de seu tutor uma perseverança ímpar para seguir comandos e manter-se equilibrado.

É sabido que o Bulldog adora viver ao ar livre, mas não tolera muito o tempo úmido. Não é um cão de grandes aventuras, então não espere que ele corra grandes distâncias ou pule grandes obstáculos. A maioria não sabe nadar. Quase todos chiam e roncam, por vezes babam. Os cuidados com o pelo são mínimos, mas as dobras do rosto (marca característica dessa raça) devem ser limpas todos os dias.

Sua história é única. Ainda no século XIII originou-se na Inglaterra o cruel esporte “bull-baiting” (lutas com touros). O objetivo era que os cachorros atacassem e enfurecessem o touro o agarrando, normalmente pelo nariz. Isso era não só diversão, como também criaram-se teorias de que a carne do touro ficava mais saborosa se provocado antes do abate.

Alguns Bulldogs também eram utilizados para “bear-baiting” (lutas com ursos), como puro entretenimento. Os tutores davam muito importância para ferocidade de seus cães e, especialmente, para sua resistência à dor. Diversas histórias vexaminosas davam conta que os treinadores testavam a resistência de seus Bulldogs prendendo-os aos touros já torturados pelo treinador.

Em 1835 esse tipo de luta foi considerada ilegal e, com isso, a história do Bulldog ganhou novos traços. Por um tempo se tornou um cão sem causa, perdendo popularidade ao longo dos anos. Porém, um esforço foi feito para que a raça continuasse ativa, ganhando admiradores pouco a pouco, principalmente quando ressaltadas suas características amáveis, resistentes e dóceis. Aliás, foram esses traços que fizeram do Bulldog um símbolo nacional na Inglaterra. É um cão que pode chegar entre 30-38 cm e entre 24-25 kg (machos) e entre 30-38 cm e 22-23 kg (fêmea).

Quais patologias e lesões afligem a vida do Bulldog?

1 – Displasia coxofemoral:

A displasia em Bulldog ocorre quando há a degeneração da articulação da bacia (acetábulo) com a cabeça do fêmur. Pode ser hereditária ou desenvolvida por fatores como a obesidade, alterações posturais, convivência com pisos lisos e outros.

Apresenta sinais bem característicos que passam por: dificuldade em caminhar, andar manco, estalos audíveis na articulação e demonstrações de dor ao realizar movimentos mais complexos.

O não tratamento adequado da doença pode resultar no aparecimento de sintomas mais intensos, obrigando o pet a evitar diversas atividades simples da sua rotina como correr, pular, levantar-se e subir escadas. A dor intensa faz com que o pet apresente um andar incomum e uma desproporcionalidade na musculatura em sua parte dianteira.

Os programas de reabilitação eficientes visam a manutenção ou restauração das funções naturais da articulação, sempre levando em consideração o contexto de cada paciente em reabilitação, o grau de severidade da patologia, idade e outras severidades clínicas.

A fisioterapia veterinária e os diferentes métodos que englobam a especialidade fornecem o ambiente perfeito para os programas de fortalecimento muscular, combate de dores e incômodos e no controle da evolução da artrose (muito associada ao aparecimento da displasia coxofemoral).

Outra técnica que vem obtendo resultados expressivos no combate a displasia canina é o implante de ouro. Trata-se de uma implantação de pequenos fragmentos de ouro 18k em pontos específicos de acupuntura e em pontos gatilhos ao redor da articulação coxofemoral. O intuito é combater as dores e aumentar a mobilidade do pet.

A técnica de implante de ouro visa a melhora da locomoção e a promoção de maior analgesia por até dois anos de tratamento. Com isso, o desenvolvimento de programas de reabilitação via fisioterapia veterinária tornam-se muito mais eficazes, fazendo com que o pet sinta minimamente a progressão da doença.

Uma das técnicas de fisioterapia mais empregadas no combate da displasia é a hidroterapia veterinária. Esse método utiliza-se de esteiras aquáticas para a promoção de maior mobilidade, fortalecimento muscular e confiança do cão. A submersão de metade do corpo ajuda na redução das consequências da realização de atividades físicas feitas por pets acometidos por patologias, ajudando em uma recuperação segura e saudável.

2 – Hérnia de disco:

A hérnia de disco pode apresentar sintomas, desde a grau 1 (dor no local), grau 2 e 3 (dificuldade de locomoção) e grau 4 e 5 (paralisia dos membros com perda da sensibilidade). Trata-se de uma doença degenerativa que pode acontecer em qualquer disco, mais comumente localizada na região tóraco-lombar, podendo se dividir em três tipos: Hansen Tipo I, Hansen Tipo II e a Hansen Tipo III.

No tipo I, a degeneração começa em cães do sexto ao sétimo mês de vida, formando uma degeneração condroide do núcleo pulposo, e os sintomas podem aparecer em cães a partir de 12 meses, causando um quadro agudo de dor. No tipo II, ocorre uma degeneração discal fibroide, acometendo cães de mais idade, como um desgaste maior da região afetada. No tipo III a herniação é de forma aguda e os sintomas são rápidos e normalmente de maior gravidade.

Os graus de 1 a 3 não necessitam de cirurgia, pois o tratamento com a fisioterapia veterinária apresentará resultados positivos. A fisioterapia veterinária, em todos os casos, é um ótimo tratamento ou terapia pós-operatória, trabalhando o controle de processo inflamatório, melhorando a dor, trabalhando o ganho de massa muscular e reestabelecimento da movimentação normal do pet.

3 – Hemivértebra:

A hemivértebra são anomalias congênitas encontradas em cães braquicefálicos com cauda helicoidal como o Bulldog. Ocorrem com maior frequência na região da coluna tóraco-lombar, causando sintomas de lesão de neurônio motor superior em membros pélvicos.

Representa em torno de 7% das alterações de coluna relatadas em literatura, e podem apresentar sintomas desde filhotes (em casos mais claros), como em progressão durante o crescimento do pet. Pode ser causada por quatro tipos de defeitos: aplasia ventral e unilateral; aplasia ventral; aplasia ventral e medial e hipoplasia ventral.

As aplasias ventral e unilateral costumam ser as mais instáveis e tendem a destruir dorsalmente, causando compressão ventral da medula espinhal. As anomalias ventrais causam cifose (desvio da coluna vertebral, habitualmente localizado na região torácica que abrange poucas ou muitas vértebras), ao passo que as anomalias unilaterais causam escoliose (curvatura lateral da coluna vertebral, que pode ser única ou múltipla e fixa ou móvel).

Os cães podem apresentar uma única hemivértebra ou múltiplas, que podem ser sequenciais ou distribuídas pela coluna vertebral. Normalmente a hemivértebra única representa um pouco mais que metade dos casos relatados.

O tratamento pode ser conservativo ou cirúrgico (em casos de sintomas progressivos). O objetivo da cirurgia é a estabilização da coluna vertebral, com ou sem descompressão medular.

Os tratamentos conservativos e os de recuperação pós-operatória passam pelas técnicas de fisioterapia veterinária. São comumente utilizados agentes físicos como massagens, acupuntura e laserterapia para combate a dor e inflamação, e uso de esteiras aquáticas para o fortalecimento muscular, recuperação de mobilidade e confiança do pet, impedindo de forma gradual e saudável a progressividade da doença.

4 – Luxação de patela:

O desvio de patela, também denominada luxação patelar, é caracterizada pelo desencaixe das articulações da região do joelho que causam muita dor e perda significativa de mobilidade.

A luxação patelar em Bulldog pode ter quatro diferentes níveis de gravidade:

  • Grau I: a patela sai do lugar com a manipulação do veterinário e, quando a solta, volta ao seu lugar de origem de forma imediata;
  • Grau II: é possível notar que a patela sai sozinha de sua posição normal e só volta com a ajuda de manipulação de um veterinário ou por meio da própria ação do cão (costuma esticar a pata para colocar a patela de volta ao sulco patelar);
  • Grau III: a patela sai sozinha de sua posição normal e se mantém fora do lugar correto na maior parte do tempo e só volta com a ajuda de manipulação de um veterinário (recomenda-se a intervenção cirúrgica);
  • Grau IV: a patela do pet fica travada do lado de fora do sulco patelar, e nem mesmo a manipulação de um veterinário ou a ação do próprio cão são capazes de colocar a porção na sua posição correta.
  • Os sintomas são difíceis, mas passam por: dores irregulares, claudicação (andar manco intermitente), o cão passa a esticar a perna para trás, evitar o apoio em uma das patas ao fazer suas necessidades, tem articulações com aparência inchada, perde capacidade de saltar e até pular.

Os pacientes que são diagnosticados com grau I e II apresentam ótimos resultados apenas com a fisioterapia veterinária, evitando muitas vezes a cirurgia. Por outro lado, a cirurgia ainda é a medida mais correta para que o animal consiga ter seu apoio e mobilidade recuperados em um primeiro momento. Na cirurgia, a patela é colocada no seu lugar original e, normalmente, cerca de dois meses após a cirurgia o pet estará apto a retornar às suas atividades de forma gradual.

O tratamento auxiliar através das diferentes técnicas de fisioterapia veterinária garantem aos pets uma recuperação mais completa, desde o emagrecimento até o fortalecimento muscular, articular e confiança de mobilidade. Os métodos mais utilizados passam por hidroterapia veterinária com o uso de esteira aquática para a diminuição de impacto e melhor adaptação, acupuntura veterinária no controle de dores e melhora na recuperação muscular e outros.

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