A artrose em gatos, também chamada de doença articular degenerativa, é a mais comum doença apresentada pelos felinos. Atualmente, sabe-se que 22% dos gatos com mais de 1 ano de idade e 90% dos gatos com mais de 12 sofrem com algum grau de artrose, já apresentando sinais de alterações nas radiografias.
Apesar da artrose em gatos ser difícil de identificar, principalmente porque os felinos apresentam poucos sintomas de claudicação ou incômodo e seu porte ser menor e mais ágil, se comparado aos cães, a doença atinge boa parte dos felinos e deve ser levada a sério.
A artrose é caracterizada pela degradação lenta e progressiva da cartilagem que cobre o interior das articulações e ossos, geralmente causada por algum trauma ou micro trauma (desgaste anormal da articulação).
Chamada também de osteoartrose, ela resulta em uma significativa diminuição da qualidade de vida do animal. Não à toa, é uma das complicações ortopédicas mais tratadas nas clínicas de reabilitação veterinária.
A artrose em gatos ocorre com mais frequência em bichanos acima do peso, que acabam tendo uma maior predisposição. Os cotovelos são regiões mais atingidas, porém, os joelhos, coluna e articulação do coxal (quadril) também podem ser pontos suscetíveis à doença.
Você tem um papel muito importante na identificação dos sinais da artrose felina em seu gato, já que conhece melhor do que todos seu temperamento normal, rotinas e atividades.
Qualquer mudança no comportamento do seu gato pode ser um sinal de dor. Para identificar mudanças, compare os comportamentos diários e reações do seu gato em diversas situações com quando eram jovens adultos. Quaisquer mudanças no comportamento normal do seu gato podem significar que ele está com dor, doente ou estressado — todas essas são razões para buscar cuidados veterinários.
Se o seu gato apresentar qualquer um dos sinais a seguir, entre em contato com um veterinário imediatamente.
Ao contrário dos cães, cujos sintomas são mais fáceis de detectar, os gatos apresentam poucos sintomas clínicos. A dificuldade de locomoção, de subir ou descer móveis talvez seja o sinal mais claro para identificar um gato que sofre com artrose.
Como as causas podem ser diversas, a importância do diagnóstico profissional é fundamental.
Os diagnósticos são feitos na base de exames de imagem, como radiografia, ressonância magnética e tomografia. Os exames, em somatória com o histórico clínico, ajudam ao profissional veterinário chegar ao diagnóstico mais preciso da provável causa da artrose.
O melhor tratamento para a artrose em gatos é a combinação de um bom programa medicamentoso que combata a inflamação em conjunção com diferentes técnicas de reabilitação.
De maneira geral, podemos elencar as principais terapias em:
1 – Laserterapia:
Ajuda no aumento dos níveis de serotonina, de beta-endorfinas (redução da sensação de dor), óxido nítrico, diminuição de bradicinina, normalização dos canais de cálcio, bloqueio de despolarização de fibras tipo-C dos nervos aferentes e redução de interleucinas inflamatórias.
Cerca de 90% dos pacientes tratados via laserterapia tiveram uma melhora de, no mínimo, 30% da condição inicial. A maioria também notou redução da dor imediatamente após o tratamento.
2 – Magnetoterapia:
A terapia é feita através de correntes elétricas que geram campos magnéticos que atuam diretamente sobre o tecido ósseo, muscular e sistema circulatório. Ao ser aplicada, não emite nenhum som ou mudança de temperatura (o que ajuda na aceitação dos pets), gerando efeitos orgânicos (contemplando o sistema circulatório e vascular) e bioquímicos (benefícios anti-inflamatórios e analgésicos).
3 – Eletroterapia:
Se utiliza de correntes elétricas para o tratamento de dores, aliviando seus efeitos e ajudando no fortalecimento dos músculos de pets que perderam massa muscular por problemas neurológicos como paralisia ou até ortopédicos que passaram por procedimentos cirúrgicos.
Pode ser feita por meio de TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea), seja ela convencional ou burst (com liberação de endorfinas endógenas), ou por NMES (estimulação elétrica neuromuscular).
4 – Cinesioterapia:
A técnica se utiliza de bolas, pistas de obstáculos e pranchas de equilíbrio que auxiliam na realização de movimentos. É indicada para tratamento de diferentes problemas ortopédicos e neurológicos, e consiste na realização de diferentes exercícios terapêuticos e alongamentos que auxiliam na reabilitação animal.
5 – Hidroterapia:
A hidroterapia veterinária promove diversos efeitos positivos na vida dos pets, tanto fisiológicos como psicológicos. A redução do peso do animal e, consequentemente, no impacto de cada movimento fornece mais confiança, relaxamento muscular, aumento da circulação, mobilidade e fortalecimento muscular.
É caracterizada por sua pressão hidrostática e empuxo, que auxiliam na realização dos exercícios, assim como a flutuabilidade que diminui a sobrecarga sobre as articulações.
6 – Tratamento da obesidade:
O controle da obesidade também é fator primordial para combater o avanço da degeneração que ocorre em função da osteoartrose. Dentre os principais benefícios estão:
A esteira aquática influencia positivamente quando utilizada como atividade física em um programa de emagrecimento. Nesse prisma, os exercícios são fundamentais, pois:
7 – Shock-Wave: é um método não invasivo que usa ondas de choque para estimular a regeneração de áreas afetadas, acelerando a cura e, ao mesmo tempo, agindo para a diminuição da dor.
8 – Ozonioterapia: utiliza-se de gás ozônio como agente terapêutico com ação bactericida e bacteriostática, produzindo reações com os tecidos corporais, liberando oxigênio às células diminuindo o processo inflamatório, aumentando vascularização local e contribuindo para a diminuição de dores.
São esses os métodos que vêm obtendo os melhores resultados no controle da dor e melhora da qualidade de vida e bem estar dos pets. Como dito, os exemplos mais eficientes passam pelo uso de agentes como eletroterapia, laserterapia e magneto, em união com técnicas como cinesioterapia e esteiras aquáticas (hidroterapia), promovendo exercícios controlados de baixo impacto, evitando o contato com o solo duro sem perder de vista os benefícios do fortalecimento e aumento da amplitude de movimentos resultantes da prática de exercícios de mobilidade.
É importante ressaltar que a artrose é uma doença que não possui uma cura efetiva, mas que pode ser tratada e combatida em seu processo de deterioração das articulações, combatendo efetivamente a dor e a falta de mobilidade articular, resgatando uma vida saudável ao seu gato acometido.
A Rede Pet Fisio trabalha com diversos métodos de tratamentos para cães e gatos que sofrem de doenças e lesões, desde problemas ortopédicos até neurológicos, ajudando no recondicionamento físico e melhora da qualidade de vida.
A Rede Pet Fisio trabalha com métodos de tratamento como laserterapia, acupuntura, hidroterapia, ozonioterapia e outros. O intuito é reduzir a dor e o processo inflamatório local, aumentando a função articular e, quando possível, reduzir consideravelmente o progresso da doença.
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