Displasia Coxofemoral em Labradores

Displasia Coxofemoral em Labradores

Os cães da raça Labrador são muito conhecidos por sua simpatia e carisma, sendo uma das raças mais populares por todo o mundo. Seu entusiasmo e energia, assim como sua força e propulsão, trazem benefícios e alguns perigos que temos que ter atenção. Entre as patologias que mais assolam essa raça está a displasia coxofemoral em Labradores.

Neste artigo, a Rede Pet Fisio irá destrinchar algumas das informações mais relevantes sobre a displasia coxofemoral em Labradores, formas de diagnóstico, sinais clínicos e o melhor tratamento.

 

Por que a displasia atinge os Labradores em maior escala?

A displasia coxofemoral costuma incidir em raças de grande porte, onde inclui-se os Labradores e outras raças como os Pastores Alemães, Rottweilers, Bernesses, Mountain Dogs, Dogues de Bordeaux, Dogues Alemães e outros.

A prevalência da doença em raças de grande porte se dá pelo fato de serem cães pesados com uma propulsão corporal potente nos membros posteriores, além, claro, da incidência genética.

Em estudo radiográfico de cães de raças de porte grande como Rottweiler, Golden Retriever, Labrador e Pastor Alemão, encaminhados ao serviço de radiodiagnóstico do Instituto Veterinário de Imagem em São Paulo, fica ainda mais claro a forte incidência dessa patologia.

O que é a displasia coxofemoral em Labradores?

A displasia coxofemoral em Labrador é caracterizada pela incongruência e degeneração da articulação da bacia (acetábulo) com a cabeça do fêmur. Trata-se de uma patologia multifatorial, podendo ser hereditária ou desenvolvida através de fatores externos como o excesso de peso, convívio com pisos lisos e atividades físicas excessivas.

A patologia apresenta sintomas bem característicos como dificuldade em caminhar, estalos audíveis na articulação, andar manco das patas traseiras e sinais de dor ao realizar movimentos comuns. O diagnóstico é comumente realizado através de radiografias com sedação, analisando o grau de displasia para o planejamento eficaz de recuperação.

Apesar de não ser uma patologia com cura, a displasia coxofemoral encontra no tratamento conjuntivo (medicamentos e fisioterapia) uma terapia eficaz para combate da dor e avanço da doença articular. As diferentes técnicas que passam por hidroterapia com esteira aquática, acupuntura, cinesioterapia e outros, são ótimas soluções de recuperação.

Como ela se desenvolve?

De maneira geral, principalmente nos casos genéticos hereditários, as articulações dos cães acometidos pela displasia têm suas estruturas e funcionalidades normais ao nascimento, e a medida que o filhote cresce começa a ocorrer uma instabilidade resultante da incongruência das superfícies. Devido à pressão que a articulação suporte, a cartilagem e as superfícies ósseas sofrem com o impacto constante dos movimentos do cão, que logo começa a apresentar uma série de lesões nessas estruturas.

O estresse contínuo sobre a cartilagem intensifica sua degeneração, promovendo a exposição da superfície óssea. É aí que ocorre a morte de condrócitos superficiais e alterações na matriz cartilaginosa.

Conforme o processo evolui e não há um diagnóstico e tratamento precoce, começa a surgir lesões ósseas decorrentes de outras micro lesões no osso adjunto (osteófitos) e espessamento da cápsula articular. Com o tempo e a cronificação da doença, a articulação vai perdendo seu formato anatômico, ocorrendo um “rasamento” do acetábulo e deformação da cabeça do fêmur.

Quais são os sintomas mais claros?

Os pets sintomáticos costumam apresentar quadros de muita dor, baixa resistência no membro afetado e dificuldades visíveis de locomoção. Os primeiros sintomas costumam aparecer ainda aos seis meses de idade nas raças predispostas geneticamente.

O avanço da doença sem tratamento pode acarretar no aparecimento de sintomas mais notáveis, frequentes e de alta intensidade. Entre eles, levantar, correr, pular e subir escadas, atividades rotineiras na vida de um cão se tornam grandes desafios. Em alguns casos o pet pode apresentar um andar diferente e um desenvolver desproporcional na musculatura de toda sua parte dianteira.

Como eu devo fazer o diagnóstico de displasia coxofemoral em Labrador?

O diagnóstico de displasia coxofemoral em Labrador é feito através de radiografias com sedação, analisando o grau em que a displasia se encontra e qual o melhor planejamento de tratamento para cada caso específico, respeitando sempre as limitações e outras complicações que podem limitar o nível de atividades de reabilitação que o pet possa fazer.

Como tratar a displasia coxofemoral em Labradores?

É importante ressaltar que a displasia coxofemoral não possui uma cura definitiva, tendo como objetivo em seu tratamento a redução da dor, progressivamente diminuindo a doença articular. Para isso, o planejamento de um programa eficaz para manter ou restaurar a sua função normal articular é importantíssimo, sempre analisando o contexto do paciente em reabilitação, seu grau de desconforto, idade e possíveis severidades clínicas extras.

A fisioterapia veterinária, nessa ótica, se tornou uma grande aliada na reabilitação de Labradores com displasia. As diferentes técnicas empregadas fornecem o ambiente perfeito para fortalecer a musculatura, combater dores e incômodos, além de controlar a evolução da artrose (normalmente associada diretamente à displasia coxofemoral).

Os diferentes exercícios e métodos de reabilitação são eficientes no retorno das funções articulares e aumento de força muscular dos membros pélvicos com atividades de baixo impacto que evitam mais estresse ao animal.

A hidroterapia com esteira aquática, natação, caminhadas controladas, acupuntura, ozonioterapia e quiropraxia são algumas técnicas eficientes empregadas nos programas de recuperação de cães com displasia.

Conte sempre com clínicas especializadas para tratar seu Labrador!

Se existe alguma incidência dos sintomas de displasia descritas acima em seu Labrador, marque agora mesmo uma consulta em uma das clínicas da rede Pet Fisio mais próxima de você.

Iremos acompanhar e oferecer o melhor atendimento e qualificação profissional para traçar um planejamento eficaz na recuperação e combate à doença do seu pet.

A Rede Pet Fisio é especialista em reabilitação animal e tratamento contra doenças neurológicas, ortopédicas e em programas de emagrecimento animal. Investimos pesado na capacitação de nossos profissionais e na aquisição de equipamentos modernos que ofereçam um ambiente perfeito para uma recuperação saudável e gradual.