Os cães são muito famosos e queridos pela energia e alegria que externam, fazendo com que qualquer ambiente se torne um espaço de atividades e dinamismo fundamentais para uma vida leve e saudável. Porém, toda essa movimentação tem seus contras, e a possibilidade de ocorrências de lesões, traumas e outras complicações que podem deixar o cachorro mancando é uma realidade que precisa cada vez mais de atenção e cuidado.
Não à toa, a maioria dos centros de ortopedia e reabilitação animal em geral, possuem cada vez mais casos de animais com alguma lesão muscular ou de cachorro mancando sem uma motivação aparente. É bom ressaltar que os cães são consideravelmente mais resistentes que os humanos, sendo mais difícil que externem algum desconforto ou sofrimento com pequenas lesões.
Por outro lado, a mudança de rotina dos cães, principalmente nas grandes cidades onde há um nível de sedentarismo grande, faz com que as lesões e complicações musculares se façam presentes, aumentando o risco a qualquer complicação que atinja a mobilidade natural dos pets.
Nesse artigo vamos dissecar algumas causas mais comuns que atingem a locomoção natural dos pets, descobrindo suas causas, formas de diagnóstico e tratamento assertivo para que você saiba como proceder caso uma ocorrência semelhante aconteça com o seu amigo.
Essa complicação ocorre quando há o deslizamento do fêmur sobre a tíbia e pode ocasionar novas complicações como lesões de menisco. É crônica, na maioria dos casos, apesar de poder ser provocada após uma arrancada brusca. Isso porque a degeneração que ocasiona a ruptura é progressiva e pode chegar ao ponto que, ao esforço de uma arrancada ou pulo, se rompa causando claudicação e dor.
A degeneração pode ocorrer nos dois joelhos dos pets, sendo que cerca de 50% dos animais que sofrem com uma ruptura, rompem o outro lado depois de 1 ano.
1.1 – Incidência
Ocorre com maior frequência em raças com musculatura forte e joelhos frágeis. Os exemplos mais comuns são:
1.2 – Sintomas
Os sintomas são imediatos. Ou seja, diferente de outras lesões ortopédicas onde a constatação se faz de maneira progressiva e através de bastante observação, a ruptura de ligamento, quando ocorre, faz com que o cão sinta dor imediatamente, inclusive evitando a utilização da pata machucada em função do sofrimento.
1.3 – Causas
Além da natural propensão de algumas raças, são três as causas mais comuns que maximizam as chances da ocorrência de uma ruptura de ligamento cruzado em cães. Vejamos:
1.4 – Diagnóstico
O método mais utilizado é o exame ortopédico através da técnica de movimentos de gaveta e compressão tibial. Casos mais complexos utilizam-se de exames de imagem para uma melhor conclusão. A ressonância magnética e artroscopia também podem ser requisitados em alguns casos específicos.
1.5 – Cirurgia
A primeira medida após a constatação da ruptura é o imediato encaminhamento para o procedimento cirúrgico. Atualmente, diferentes técnicas cirúrgicas de osteotomias corretivas são ótimas opções para casos de ruptura de ligamento. Entre as mais efetivas estão a TPLO (Técnica de Osteotomia de Nivelamento do Platô Tibial) e TTA (Técnica do Avanço da Tuberosidade Tibial).
1.6 – Tratamento
A fisioterapia veterinária é a técnica mais indicada para recuperação pós-cirúrgica, pois age diretamente na reabilitação plena das funções articulares e musculares dos pets. As técnicas, que passam por hidroterapia veterinária (utilização de esteira aquática para retirada do peso dos movimentos), acupuntura e quiropraxia, oferecem as condições necessárias para combater dores, inflamações e incômodos, auxiliando na reabilitação plena.
Trata-se de uma doença caracterizada pela incongruência e degeneração da articulação da bacia (acetábulo) com a cabeça do fêmur. É uma doença prioritariamente hereditária, porém, pode também ser desenvolvida por fatores externos como a obesidade canina, alterações posturais, convivência em ambientes de pisos lisos e outros.
A displasia coxofemoral pode provocar dores na região do quadril, artrose, manqueira, atrofia muscular e, dependendo do grau de severidade, trazer sérias complicações de locomoção ao cão, fazendo-o mancar e sentir dores.
2.1 – Incidência
Acomete, na maioria dos casos, cães de grande porte. Porém, não é descartada a possibilidade de atingir raças de pequeno porte, apesar de mais raras. As principais são:
2.2 – Graus de severidade
A displasia canina pode ser dividida em graus. Vejamos:
2.3 – Sintomas
Os sintomas são bem característicos, como estalos audíveis na articulação, andar manco, dificuldade em caminhar e sinais de dor ao realizar movimentos mais complexos. Quando não tratada, a patologia pode apresentar sintomas mais intensos e graves, influenciando negativamente nas movimentações mais comuns dos cães, como levantar-se, correr, pular e subir escadas. Tudo isso é notável com a inclusão de um andar incomum e uma desproporcionalidade na musculatura em sua parte dianteira.
2.4 – Diagnóstico
É feito através de exames radiográficos com sedação, que podem ser realizados desde os 4 meses de vida do cão em diferentes métodos de raio-x. O diagnóstico definitivo, quando em casos hereditários, acontece aos 2 anos de idade.
2.5 – Tratamento
Não existe uma cura definitiva para a displasia coxofemoral em cães, entretanto, o tratamento, quando bem feito, consegue reduzir a dor, consequentemente diminuindo a doença articular progressivamente.
A fisioterapia veterinária fornece as ferramentas necessárias para a criação de um programa eficaz de restauração da função normal articular, fortalecendo musculatura, combatendo dores e controlando a evolução da artrose (normalmente associada diretamente à displasia coxofemoral).
A hidroterapia veterinária, natação, caminhadas controladas, acupuntura, ozonioterapia e quiropraxia são algumas das eficientes técnicas aplicadas na reabilitação de cães com displasia coxofemoral.
Ocorre quando há o desencaixe das articulações da região do joelho, causando muita dor e grande perda de mobilidade. Denominada também como rótula, a patela se caracteriza pelo osso do joelho do cão que tem seu alinhamento com o músculo do quadríceps como principal função.
É uma patologia que pode ser congênita ou desenvolvida em função de algum tipo de trauma, podendo resultar no aparecimento de outras complicações ortopédicas como a artrose, displasia ou até luxação coxofemoral.
A luxação patelar traz consigo o desvio da tíbia, sendo que nos casos de luxação patelar medial (na parte interna do joelho), a crista da tíbia começa a virar para o meio das pernas, enquanto que nos casos de luxação patelar lateral (na parte externa do joelho), a tíbia passa a se deslocar para o lado de fora do membro, produzindo grande desgaste do menisco (estrutura articular que acompanha os ossos) e da cartilagem articular e, com isso, um grande nível de dor acomete o pet.
3.1 – Incidência
Embora acometa, na maioria dos casos, cães de pequeno porte (luxação medial), este é um problema que pode também pode afetar cães de porte grande (principalmente a luxação lateral) que tenham o problema em função de uma origem genética (é aconselhável a castração de animais com luxação patelar congênita). Dentre as mais comuns estão:
3.2 – Sintomas
Embora nem sempre seja possível notar sinais claros de um andar manco e dor, há uma série de sintomas comuns que acometem a maioria dos cães com luxação patelar. Entre eles:
3.3 – Graus de severidade
3.4 – Diagnóstico
A palpação é o principal meio de diagnóstico, porém, o acompanhamento de exames de imagem como o raio-x são de extrema importância para garantir que o nível de degeneração da região patelar seja investigado com maior profundidade, averiguando as condições articulares e excluindo, ou não, a possibilidade de displasias ou luxações coxofemorais.
3.5 – Tratamento
Os pacientes com grau I e II da luxação patelar apresentam ótimos resultados de reabilitação apenas com a introdução de técnicas profissionais de fisioterapia veterinária. A cirurgia, mais recomendado para os graus III e IV, ocorre com a patela sendo colocada em seu lugar original e, após o 5º dia de pós-operatório, o paciente é imediatamente indicado para as atividades fisioterápicas.
Os métodos, que passam por hidroterapia veterinária e acupuntura, são ótimas opções para garantir uma recuperação mais completa, desde o emagrecimento até o fortalecimento muscular, articular, aumento de mobilidade e confiança para utilizar os membros doloridos.
É uma doença inflamatória das articulações, que normalmente leva a osteoartrose, muito comum nos cães com idade mais avançada. Costuma ocorrer quando inicia-se o desgaste da cartilagem das articulações, o que acaba gerando osteófitos (bicos de papagaio) que pouco a pouco vão piorando e agravando os sintomas de dor e incômodo.
4.1 – Tipos de artrite
Pode ser classificada em:
4.2 – Causas
Apesar de ser considerada, na maioria dos casos, uma patologia comum no avanço da idade dos pets, alguns fatores estão contribuindo para que a artrite canina esteja cada vez mais presente na vida dos cães. Entre eles:
4.3 – Sintomas
Os sintomas mais comuns passam por:
4.4 – Diagnóstico
É feito através de uma exame clínico completo e, quando necessário, utiliza-se o exame de imagem via raio-x. Em alguns casos, outros exames laboratoriais também podem ser requisitados.
4.5 – Tratamento
A princípio, a utilização de anti-inflamatórios melhoram os episódios de dores e ajudam no retorno da mobilidade das articulações afetadas. Os casos graves, pode-se recorrer a intervenção cirúrgica com o intuito de eliminar os osteófitos que obstruem as articulações ou até mesmo a artrose, que retira a mobilidade da articulação através de implantes metálicos.
Em todos os casos, a fisioterapia veterinária oferece os melhores programas para deter o processo de deterioração das articulações, combatendo dores crônicas, fortalecendo os músculos e articulações, e reabilitando os pets de forma gradual.
Os métodos mais utilizados passam pelas terapias com agentes físico como a laserterapia, eletroterapia, magnetoterapia e fototerapia. Essas medidas em conjunção com exercícios através da hidroterapia veterinária, promovem um resgate da qualidade de vida, confiança e alegria dos cães acometidos.
A Rede Pet Fisio investe pesado na qualificação de seus profissionais, nos métodos cada vez mais modernos e atualizados de reabilitação e na aquisição de equipamentos capazes de garantir uma ambiente perfeito de recuperação gradual e saudável.
São mais de 20 unidades espalhadas pelo Brasil, oferecendo os melhores tratamentos para diversas patologias e lesões ortopédicas, neurológicas e nos programas de emagrecimento animal. São diversos especialistas em hidroterapia, acupuntura, nutrição, eletroterapia, ozonioterapia e muito mais.
Está com o cachorro mancando? Encontre a unidade Pet Fisio mais próxima de você, marque uma consulta! Venha ver como podemos te ajudar no diagnóstico assertivo e na estruturação de um programa de reabilitação para resgatar a qualidade de vida do seu amigo.
A Cinomose é uma doença viral que afeta principalmente cães, sendo causada pelo vírus da…
Assim como os seres humanos, os animais de estimação podem sofrer de alergias alimentares, uma…
A ruptura do ligamento cruzado é uma condição que pode afetar cães de diferentes raças,…
.Os cães são muitas vezes considerados os melhores amigos do homem, e o Pug não…
Quando se trata de nossos amigos caninos, sua saúde e bem-estar são sempre uma preocupação.…
Se você está procurando maneiras de fortalecer as patas traseiras do seu cachorro, existem várias…