Diabetes Melito – Entenda e Combata Corretamente

Diabetes Melito – Entenda e Combata Corretamente

Como o diabetes melito ocorre em cães e gatos. Entenda a doença, suas variações, como prevenir e tratar tornando seu pet saudável

O diabetes melito é uma doença endócrina comum em cães e gatos e pode ser definida como um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção de insulina, na ação da insulina ou ambos.

No cão é semelhante ao diabetes tipo 1 humano e é causada pela destruição autoimune das células pancreáticas nos animais que possuem predisposição genética.

No gato, o diabetes melito é parecido com o diabetes tipo 2 e está relacionado com a ação prejudicada da insulina (resistência insulínica) e com a falência das células beta pancreáticas, sendo que o fator de risco mais importante é a obesidade.

Indícios e prevalência

O diabetes ocorre em cães de meia-idade (cinco anos de idade ou mais) e idosos. Algumas raças como Samoieda, Terrier (Australiano, Tibetano, Cairn e West Highland White), Schnauzer miniatura, Beagle e Poodle tem risco aumentado para o diabetes. Nos gatos o fator de risco mais importante para a prevalência do diabetes é a obesidade, já que um gato obeso tem 3,9 vezes mais probabilidade de desenvolver diabetes do que aqueles com peso ideal. Gatos machos tendem a desenvolver sensibilidade à insulina mais baixa do que as fêmeas.

Principais sintomas de cães e gatos diabéticos

Os quatro sintomas típicos do diabetes melito são a perda de peso, aumento do apetite , da ingestão de água e da micção do animal. Pode ocorrer também alterações oculares como catarata e uveíte, infecções e pancreatite. Essa doença é diagnosticada com base nos sintomas e sinais apropriados além do aumento persistente da glicose no sangue ( cães: maior que 180 mg/dl e gatos: maior que 250 mg/dl) e na urina.

Cães com diabetes não complicado tem condições físicas relativamente boas. Em contraste, os cães diabéticos complicados por cetoacidose ou por síndrome hiperosmolar não cetótica, geralmente apresentam sintomas de letargia, anorexia, ingestão de água reduzida e vômitos.

Classificacao

O diabetes mellito em cães e gatos tem sido categorizado mais ou menos de acordo com o esquema adotado pela medicina humana, apesar de haver ainda muito a ser descoberto sobre essa doença em animais de estimação.

Atualmente o diabetes nos cães é semelhante ao tipo 1 de seres humanos e a causa mais comum é a deficiência absoluta de insulina decorrente da destruição autoimune das células beta pancreáticas. Cães diabéticos podem podem ter doenças endócrinas concomitantes como hipotireoidismo e doença de Addison. Outras formas de diabetes nos cães incluem destruição pancreática secundária à pancreatite aguda ou crônica, neoplasia pancreática e resistência à insulina devido à outras doenças. Cadelas não castradas em diestro podem desenvolver diabetes durante essa fase do ciclo estral. Isso ocorre devido às ações diabetogênicas do GH (hormônio do crescimento). Um outro ponto importante é a indução do diabetes ou a intolerância à glicose induzidos pelo uso de glicocorticóides.

Em 80 % dos gatos, o diabetes melito é parecido com o diabetes melito tipo 2 em humanos. Nesse tipo de diabetes há o envolvimento da ação prejudicada da insulina (resistência à insulina) e a falência das células beta. Os fatores de risco adicionais são idade avançada, inatividade física, sedentarismo, castração, sexo, uso de glicocorticóides e progestina e obesidade. Cerca de 20% dos casos de diabetes em felinos pode ser causado pelo hipercortisolismo, pancreatite, acromegalia, uso de progestinas e glicocorticóides

Como se dá o tratamento para diabetes?

O sucesso do tratamento do diabetes melito em cães e gatos dependerá da motivação do proprietário e o seu envolvimento com o veterinário. O tratamento consiste em terapia com insulina, manejo da dieta, perda de peso, nos casos de obesidade, exercício diário e interrupção de drogas diabetogenicas. A castração de cadelas diabéticas também é importante para o sucesso do tratamento.

Diferentes tipos de insulina estão disponíveis no mercado e são aplicadas de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. Por exemplo, as insulinas NPH, lenta ou glardina são frequentemente prescritas para cães e gatos diabéticos, ao passo que, a insulina regular é utilizada nos casos de cetoacidose diabética que requer internação do animal.

Frequentemente ouvimos clientes que querem um tratamento alternativo que permita a fuga das aplicações diárias de insulina, porém, cães diabéticos são 100% dependentes de insulina para controle da doença. Contudo, a fisioterapia veterinária associada à dieta adequada e à insulinoterapia, colaboram para o bom controle glicêmico.

Faça uma consulta com um especialista endocrinologista veterinário em uma das unidades PET FISIO mais próxima de você. Saiba como podemos estabelecer um tratamento saudável e correto para a reabilitação do seu pet com diabetes melito.